Saiu a programação dos shows de carnaval que a prefeitura organiza na Lapa. São apresentações gratuitas de artistas e blocos consagrados do mês de fevereiro.
A minha dica é sair cedo e partir para Santa Teresa, curtir os blocos lá em cima e depois descer para ver os shows nos Arcos. Lá em Santa Teresa, há muitos blocos menores, que tocam sambas-enredos antigos, os bares e restaurantes ão mais vazios e os banheiros são limpos.
Para poder montar a agenda com o roteiro de todos os blocos de rua da cidade, dê uma olhada no site Rio Guia Oficial. Dá para pesquisar pelo nome do bloco, por região, bairro ou data.
Vários shows que eu fui nos últimos quinze anos foram bons, alguns fizeram com que eu chorasse (Eric Clapton, Paul McCartney), outros foram mais que inusitados, como ver Mamonas Assassinas antes do sucesso e abrindo show da esquecível banda de reggae curitibana (?) Sr. Banana, mas a lista de todas as apresentações é extensa, não dá pra falar de todos aqui.
Só que ontem eu vi a banda passar. Ontem foi diferente. Estar sentado, mesmo que na distante frisa, assistindo ao desfile da banda deve desentopir as artérias de tão bem que faz para o coração. Eu fui ao show do Chico. E por mais que a maior parte do repertório seja dedicada ao disco novo, Chico, a sensação de participar de algo histórico não saiu da minha cabeça. É algo como poder morrer feliz ali, naquela hora. Tudo fica de lado na hora de acordes de canções como Cálice, mesmo que na nova versão do Criolo.
Mesmo que o som da frisa não seja ideal, não houve dor depois que a banda passou.
Para os juízes e todo o CNJ, para os antigos moradores do Pinheirinho, para a polícia de São Paulo, do Sergipe e da Bahia. Para os torcedores da “trucida” do Egito, para quem sofre com os prédios que caem. Vocês podem fugir e tentar se esconder, mas essa é a música para muitos momentos. Não adianta lutar. A Lei, com ironia ou não, sempre vence.
